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Escuta ativa e acolhimento: ações integradas da Casa Civil oferecem dignidade à população em situação de rua

  Escuta ativa e acolhimento: ações integradas da Casa Civil oferecem dignidade à população em situação de rua Em entrevista ao 'CB.Pode...

 

Escuta ativa e acolhimento: ações integradas da Casa Civil oferecem dignidade à população em situação de rua

Em entrevista ao 'CB.Poder', secretário da Casa Civil do DF detalha as estratégias do Governo do Distrito Federal para garantir direitos e oportunidades a pessoas em situação de rua


Em entrevista ao programa CB.Poder, exibido ao vivo pela TV Brasília em parceria com o Correio Braziliense nesta quinta-feira (24), o secretário-chefe da Casa Civil do Distrito Federal e coordenador do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua, Gustavo Rocha, destacou a importância do trabalho de escuta, acolhimento e integração das políticas públicas voltadas a esse público. Ele apresentou os avanços do Plano Distrital de Acolhimento e ressaltou a inauguração do primeiro Hotel Social permanente com pernoite, que recebeu 131 pessoas já no primeiro dia, incluindo uma acompanhada de um cachorro de estimação.

“Esse é um dos temas mais sensíveis e complexos do Distrito Federal, mas, pela primeira vez, estamos enfrentando o problema de frente, com um plano estruturado e ações integradas entre as secretarias”, afirmou Gustavo Rocha.

O plano foi elaborado em diálogo com o Ministério Público e apresentado ao Supremo Tribunal Federal, em consonância com a decisão que veda ações de remoção da população de rua sem alternativas dignas. Segundo o secretário, o foco da política pública passou a ser a criação de condições reais para que essas pessoas possam deixar as ruas de forma voluntária, segura e sustentável.

O secretário-chefe da Casa Civil do Distrito Federal e coordenador do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua, Gustavo Rocha, destacou a importância do trabalho de escuta, acolhimento e integração das políticas públicas voltadas a esse público | Fotos: Matheus Maranhão/Casa Civil

Hotel Social: dignidade e acolhimento também para os animais

Entre os principais avanços apresentados está o primeiro Hotel Social do DF, inaugurado nesta semana no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN). A unidade oferece pernoite, alimentação, atendimento psicossocial, higiene e, de forma inédita no país, acolhe também os animais de estimação dos usuários.

“Se eu estivesse no lugar deles, também não deixaria meus cachorros para trás. Muitos se recusam a sair das ruas porque não têm onde deixar seus companheiros. Esse acolhimento conjunto era uma demanda antiga, e agora é uma realidade”, explicou o secretário.

Além do espaço no SAAN, novas unidades devem ser abertas ainda este ano, começando por Taguatinga. Para facilitar o acesso, será oferecido transporte gratuito entre os centros Pop e os hotéis.

Políticas integradas e foco na empregabilidade

Gustavo Rocha enfatizou que o hotel é apenas a porta de entrada para outras ações. “Não se trata apenas de dar abrigo. Estamos falando de resgatar a dignidade. A pessoa tem que ter oportunidade de reconstruir a vida”, disse.

O Plano Distrital prevê a ampliação de vagas em casas de acolhimento, que saltaram de 300 para quase mil desde o início da gestão, e a inclusão produtiva. Programas como o RenovaDF, da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Renda (Sedet-DF), promovem capacitação e preparação para o mercado. O secretário destacou ainda o Decreto nº 45.846/2024, que determina a reserva de 2% das vagas em empresas prestadoras de serviço ao GDF para pessoas em situação de rua.

Gustavo Rocha enfatizou que o Hotel Social é apenas a porta de entrada para outras ações: “Não se trata apenas de dar abrigo. Estamos falando de resgatar a dignidade”

Outra iniciativa mencionada é a contratação direta de pessoas em situação de rua pelo GDF para atuar como ponte entre o Estado e o público atendido. “Eles entendem a linguagem e os receios de quem está na rua. Esse trabalho de convencimento é essencial”, destacou o secretário.

Enfrentamento com responsabilidade e apoio da sociedade

Durante a entrevista, Gustavo Rocha comentou também sobre a resistência de moradores a iniciativas de acolhimento em algumas regiões, como ocorreu com a primeira proposta do hotel em Taguatinga. “É natural que haja receio, mas a população precisa entender que essas estruturas não trazem risco. Ao contrário, elas são parte da solução”, pontuou.

O secretário explicou que o GDF atua com equipes multidisciplinares nas ações de campo, que envolvem desde a assistência social até a segurança pública - casos que exigem abordagem criminal são tratados de forma técnica e diferenciada pelas equipes especializadas.

“Esse problema não será resolvido só pelo Estado. A participação da sociedade é fundamental. Não basta tirar uma pessoa da rua sem dar condições reais para ela reconstruir sua vida”, explicou.

Outras frentes: apoio aos entregadores de aplicativo

Ao fim da entrevista, o secretário comentou ainda sobre a atuação da Casa Civil na regulamentação de pontos de apoio a entregadores de aplicativo. Em parceria com a Secretaria de Economia (Seec-DF), estão sendo planejadas estruturas com banheiro, internet, espaço para descanso e recarga de celular em regiões como Águas Claras, Taguatinga, Sudoeste e Parque da Cidade. A manutenção será responsabilidade das próprias empresas, por meio do programa Adote uma Praça.

“Trata-se de garantir o mínimo de dignidade para quem trabalha nas ruas o dia inteiro. Nosso objetivo é fazer com que as políticas públicas funcionem, mesmo quando há limitações. A gente trabalha com o que é possível, buscando sempre avançar”, concluiu Gustavo Rocha.

*Com informações da Casa Civil do Distrito Federal

FONTE: Escuta ativa e acolhimento: ações integradas da Casa Civil oferecem dignidade à população em situação de rua
Postado por: Brasília Em Destaque

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